domingo, 2 de agosto de 2009

Ela...


Ela era do tipo calculista quando se falava em amor, e sempre precisou construir sentimentos pelos outros. Não acreditava em paixão instantânea. Nunca achou possível cair de amores por alguém em menos do que alguns meses. Era prática e racional, e não sabia lidar com essa nova personalidade, que queria agir impulsivamente e jogar para o alto a segurança. A vida dela se resumia a tentar arrancar sorrisos dos outros, a amar com facilidade pessoas que jamais correria o risco de magoar, e que não a magoariam. Amava as flores, mesmo que elas murchassem. Amava os gatos, mesmo que eles fingissem indiferença. Pelo menos, sabia o que esperar deles. A partir do momento que o amor se tornava uma incerteza, tinha dificuldade em lidar com ele, em deixá-lo fluir. Demorou até que se sentisse segura o bastante para baixar a guarda

Um comentário:

  1. Acho que você pintou ou escreveu um alto-retrato,estou errada ou ainda não te conheço tão bem,heim minha flor dos Pampas?Vc se desdreveu com perfeição usando a terceira pessoa.Deixe o amor fluir,faz bem.A gente sofre,mas é um sofrimento gostoso.

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Essa pergunta me persegue. Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, depende de quando e como você me vê passar.